“Voltou para onde nunca deveria ter saído”: Guiba comenta sobre o acesso do Villa e momentos do passado

Um maestro, um meia habildoso, veloz e determinado dentro de campo. Essas características marcaram a passagem de Guiba pelo Villa Nova Atlético Clube, um dos maiores destaques na campanha histórica de 1997. Guilherme Humberto (Guiba) jogou no Leão por seis anos (94/95,97/98,01/02) disputou 128 partidas e marcou 32 gols, um dos maiores nomes da história recente. Presente no estádio no dia do título do Módulo II, Guiba acompanhou de pertinho um momento marcante na história do Leão do Bonfim, o retorno ao Módulo I. Em entrevista ao Portal, o craque que um dia reinou no meio de campo do Alçapão, falou sobre o acesso, polêmicas e muito mais. Confira com exclusividade:

Guiba, você acompanhou o Villa nesse Módulo II? Qual sua sensação com o retorno do Leão?

Guiba: Eu acompanhei sim o Villa nesse Módulo II, inclusive na final nesse jogo aí contra o Democrata estava eu e o Carlinhos estivemos na arquibancada torcendo pelo Leão, fomos convidados pelo Presidente Bruno para irmos ao estádio. Fico muito feliz de voltar ao estádio do Villa, de ver a torcida animada, ver como ela se comportou, incentivou o time até o final, é uma sensação muito boa de ter o Villa na primeira divisão do Campeonato Mineiro, lugar de onde nunca deveria ter saído.

Depois de tantos esses anos, os torcedores ainda tietam você por conta daquele ano maravilhoso e inesquecível?

Guiba: Gratificante ser lembrado pelos torcedores pela história que nós fizemos no Villa, nós fazemos parte dessa história, é algo para levar para o resto das nossas vidas, para falarmos aos nossos filhos e netos. Não tem dinheiro que pague isso.

Você mantém contato com pessoas daquele Plantel?

Guiba: Tenho sim, com muitos amigos daquela época, Eleomar, Vander, Milton, Carlinhos que é de Nova Lima e seu filho Yan está jogando aí no Villa esse ano. O Carlinhos que aliás é meu auxiliar técnico no Atlético de Três Corações, na segunda divisão do Campeonato Mineiro, ele já trabalha comigo há algum tempo. Então a gente mantém muito contato com os atletas daquela época, converso também com o Cláudio Goleiro, Geovanni. Naquele ano nós criamos uma família que permanece até hoje.

Guiba, muito se comenta ainda sobre aquela polêmica quando você foi para o Araxá. Você poderia explicar o que realmente aconteceu? E se as críticas foram para o Villa ou para a diretoria?

Guiba: Quando eu fui para o Araxá muitas pessoas disseram que nós roubamos jogadores do Villa para levar para lá. Na verdade nós tínhamos um grupo com os atletas no Whatsapp, e eu não participava dele, o Wesley chegou e disse: “Nós estamos saindo do Villa e estamos indo para o Araxá”. Com isso alguns atletas quiseram nos acompanhar. E quando eu fiz algumas críticas naquele ano, eu jamais critiquei o Villa, eu sou muito grato por tudo que eu consegui na minha vida, se eu apareci no futebol foi graças ao Villa, então eu jamais vou criticar a instituição Villa Nova, quando eu falei, eu falei de pessoas que faziam parte da diretoria do Villa, e naquele ano foi provado né, pelo menos no meu comentário eu não estava errado sobre algumas pessoas que faziam parte daquele diretoria, não eram todas, mas algumas, e essas pessoas sabem quem elas são, e elas sabem o que elas fizeram com o Villa naquele ano.

Você concorda com o corte da subvenção?

Guiba: Essa questão da subvenção eu não posso falar com total certeza, mas se aconteceu algo errado, é culpa de outras gestões, e quem pega agora que acaba pagando. Quem sofre com isso é o Villa e seus torcedores, quem paga pelo erro é a diretoria que está pegando agora. A gente fica triste pois era algo que ajudava muito o Villa, mas eu acredito que possa voltar, clubes de interior dependem muito das prefeituras, desses patrocinadores, então eu espero que ela possa voltar realmente a ser dada ao Leão, não só para ajudar o ano que vem mas os anos futuros também.

Ano que vem o Leão do Bonfim tem capacidade de surpreender?

Guiba: Acho sim. Sempre se cria uma expectativa em cima do Villa, tem tudo para fazer um grande campeonato, tem tempo para montar, organizar e fazer um bom campeonato. A gente torce para que isso aconteça, eu joguei seis temporadas da minha vida no Villa e a gente aprende a gostar do Villa, trabalhei no Villa no Sub-20, então a gente aprende a ter um carinho pelo clube. Agradeço ao Bruno aqui publicamente pelo convite que ele fez a mim e ao Carlinhos, Milton, Geovanni, para que pudéssemos estar na final vendo o Villa ser campeão. Deixo aqui um abraço e que Deus abençoe o Villa nos próximos anos para que consiga se organizar e fazer grandes campeonatos.