Crônica do Leão – “Mui Amigos”

** As crônicas e colunas individuais, em caráter opinativo, refletem exclusivamente a opinião do autor.

Nos últimos tempos o Villa Nova por várias vezes foi prejudicado pela influência negativa dos famigerados “Amigos da Turma”. Onde os interesses pessoais de alguns dirigentes superaram a objetividade na hora da escolha de alguns treinadores, naquele famoso “jeitinho” de abrigar no Bonfim profissionais de baixa qualidade técnica, com alguns deles sem a menor condição de comandar uma equipe de futebol profissional, credenciada a disputar um campeonato oficial da categoria.

As ações chegaram a ser descaradas e até mesmo acintosas aos torcedores alvirrubros, com escolhas esdrúxulas oriundas de amizades pessoais de alguns dirigentes com seus parceiros ligados aos clubes de BH. A maioria sem a menor identificação com o Villa Nova, e todos desprovidos de qualquer compromisso positivo com os verdadeiros villanovenses.

Citando apenas alguns casos que causaram arrepios negativos no torcedor alvirrubro, começamos pela incapacidade técnica de dois ex-atletas do América Mineiro, Flávio Lopes e Vagner Oliveria, ambos fora da atividade desde que deixaram o Villa, exatamente pela constatação de que nada de positivo poderiam acrescentar a um time de futebol. Vindos do lado atleticano a coisa foi ainda pior, começando pela infeliz contratação de Alexandre Gallo em 2004, um ex-jogador completamente desprovido de capacidade para comandar um grupo de atletas profissionais, extremamente mal educado e arrogante que chegou ao cúmulo de brigar com torcedores na porta do vestiário do Castor Cifuentes, insatisfeitos com as constantes derrotas da equipe sob a batuta daquele desastroso treinador.

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Já na época da “Farra do Boi” sob o comando da turma da “Bandeira Vermelha” em Nova Lima, chegamos a um verdadeiro caos primeiramente com a contratação de Humberto Ramos, ex-jogador da equipe alvinegra que teve uma rápida passagem como técnico interino (Tapa-Buraco) do seu clube do coração sem agradar a ninguém. Tanto que foi dispensado rapidamente e nunca mais teve outra chance por lá e nem em nenhum outro lugar, a não ser aqui no Bonfim em função de sua amizade com um dirigente despreparado na ocasião, que ainda teve o disparate de dizer que o conheceu em uma loja de moda masculina em BH, e depois de uma longa conversa resolveu contratá-lo, pasmem, minha gente.

Mas a maior aberração aconteceu com outro dirigente indicado por sua proximidade explícita com o prefeito na época, para atuar na diretoria do Villa mesmo com a constatação de sua rejeição frente a torcida, sobretudo por sua explícita falta de condição ou conhecimento futebolístico, mas que mesmo assim usando de sua empáfia para o cargo que lhe colocaram, cravou a contratação do ex-atacante Reinaldo para comandar o Leão do Bonfim, desastre que durou muito pouco tempo em função do descrédito e da visível “Ação entre Amigos” promovida pelo prefeito e seu “Aspone”, no sentido de abrigar um amigo aqui em Nova Lima. Reinaldo foi um dos mais esplêndidos atacantes do futebol brasileiro nos anos setenta, admirado e venerado por todos, mas como treinador ou comandante de um time de futebol ele foi apenas um ótimo companheiro.

Pois é minha gente, privilegiar os amigos por muito tempo foi uma prática comum por aqui, prejudicial demais, mas sempre imposta pelos “Dirigentes de Araque”, e que agora chegam pelo lado oposto, no desespero de um “Boqueiro Mor” na tentativa de voltar a ativa com aquela “Cara de Pau” se sempre, naquela onda desastrosa dos “Mui Amigos”.

Saudações alvirrubras, o abraço a semana vai para o grande villanovense Mauri da PMNL, figura ilustríssima que como todos os alvirrubros da essência, sentiu o amargo dos desmandos desastrosos daquela turma de incompetentes.
Até a próxima se Deus quiser.