Conselho discute motivos da autodissolução e ‘possível SAF’ do Villa Nova
Deliberação abordou questões da pauta que antecede a votação da dissolução
Na noite desta quinta-feira (24), no auditório da ACE, em Nova Lima, o Conselho Deliberativo do Villa Nova se reuniu para deliberar a questão que propõe a dissolução do quadro atual de conselheiros, eleitos e empossados em setembro deste ano. O presidente do Villa, Cláudio Horta, e o representante da Prefeitura Municipal, João Bosco, abordaram sobre a pauta, focando em “uma organização para que haja a SAF”.
Primeiro a discursar, Cláudio Horta reforçou o mesmo discurso da eleição, sobre “focar em ter a SAF antes do Campeonato Mineiro”, colocando a mudança de gestão como saída única. O dirigente fez um apelo aos conselheiros sobre a tratativa do assunto.
“Pensem no futuro do Villa Nova. De uma maneira sustentável, não dependente, da gente todo ano sofrer para construir um time e depois desarmar. Que a gente possa realmente caminhar o clube para sustentabilidade e recuperar todas as glórias, como clube formador, com categoria de base e tantas outras glórias que ocorreram no passado.
Ligado diretamente ao prefeito reeleito João Marcelo (Cidadania), João Bosco disse ter “reconhecido a derrota” na Assembleia Geral do dia 9 de setembro, quando a chapa apoiada pela situação foi eleita, mantendo a base anterior de conselheiros. Ele defendeu a parceria ‘Villa – Prefeitura’ e afirmou que a composição derrotada seria “de consenso”, expressando, na dissolução, o desejo de “voltar ao dia daquela eleição” do conselho, colocando a SAF como objetivo. Não houve detalhes sobre um possível interessado.
“Eu não tenho autorização para poder falar o nome deste ou daquele que tem interesse em pegar o Villa Nova, mas posso garantir que existe gente com muita credibilidade e condição com interesse. Ninguém pode afirmar que vai acontecer hoje ou em seguida. Vai ser buscado com maior dedicação. (…) Existe no conhecimento geral das pessoas ditas investidoras que o conselho lida não muito fácil. Pode ser A, B ou D, mas esse investidor deseja um conselho de consenso.”
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Após a apresentação, muitos conselheiros questionaram os motivos para aprovar a dissolução e qual seria o rito. Dentro das questões, João Bosco explicou que a ideia da próxima composição do conselho, caso haja, seguiria a mesma linha de nomes da chapa derrotada na última eleição do Conselho Deliberativo. Durante o debate, tanto o representante do poder executivo quanto o presidente Cláudio Horta, levaram um entendimento que a mudança no órgão traria um comprador que auxiliaria já na próxima temporada.
Sobre o processo de mudança no Conselho, o advogado Danilo Dias, que auxilia o clube na Recuperação Judicial junto ao escritório Moura & Siqueira, esclareceu que será necessário, primeiro, eleger uma nova chapa do conselho e, após isso, o quadro atual votaria pela autodissolução. Caso o conselho se dissolva, a nova composição tomará posse em seguida; caso contrário, a eleição realizada antes será anulada. Houve dúvidas sobre uma possível “insegurança jurídica” para o possível investidor ou em relação às normas estatutárias, mas foi negado que essa insegurança exista.
VOTAÇÃO NO COMEÇO DO PRÓXIMO MÊS
De acordo com os editais de convocação, tanto da diretoria executiva quanto da mesa-diretora do conselho, os conselheiros voltarão a se reunir no dia 4 de novembro (segunda-feira), a partir das 19h, no salão da paróquia Nossa Senhora do Pilar, localizado na Praça Bernardino de Lima, no centro de Nova Lima. Na ocasião, será decidida a possível dissolução do quadro em mandato vigente, e consequentemente, a mudança para outra composição caso a questão avance.
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