Fora de Campo: O coração do Alçapão do Bonfim, a história de Zé do Pão de Queijo
Cuidar de um estádio não é uma tarefa fácil, são várias atividades diárias que necessitam de muita atenção para que o espetáculo dentro de campo possa ocorrer da maneira mais natural possível! No Alçapão não é diferente, em época de campeonato, o cuidado é redobrado e tudo isso passa pelo coração do Castor Cifuentes, o senhor José Gustavo Reis, não conhece esse nome? Talvez você o conheça pelo seu apelido! Zé do Pão de Queijo! Um villa-novense apaixonado que administra o nosso campo e que cuida dele com muito carinho e dedicação, dentro de suas limitações. Em entrevista ao Portal, o Zé falou sobre sua história com o Leão do Bonfim, confira com exclusividade:
PS: Mas antes de começar, você deve estar se perguntando da onde veio o apelido! José trabalhou com Pão de Queijo por mais de 28 anos na cidade de Nova Lima, daí o apelido “Zé do Pão de Queijo”
Como começou sua história com o Villa?
ZÉ: Minha história com o Villa começou em 1974, eu não sou de Nova Lima, mas moro aqui há 45 anos, eu comecei a ir ver os treinos, os jogos do Villa, aprendi a gostar muito do Leão.
O presidente Bruno sempre fala bem do seu trabalho, conta para a torcida um pouco do seu trabalho no campo!
ZÉ: Eu cuido do campo há 8 anos, eu administro o estádio, meu trabalho aqui é deixar o campo em boas condições para jogos e treinos, fazer a limpeza em geral (arquibancadas, vestiário, etc..) eu faço tudo com o maior carinho porquê o Villa depende disso, e merece um campo bom para jogos e treinos. Graças a Deus nunca tivemos nenhum problema, todo ano o estádio é liberado para os jogos da Federação.
Qual é o seu sentimento em relação a situação atual do Leão? Você acha que o Villa vai conseguir sair dessa?
ZÉ: Tristeza, não podia deixar chegar a esse ponto, mas o Villa é muito forte, muito grande, e se Deus quiser vamos dar a volta por cima! Nós temos muito apoio da Prefeitura, da Secretaria de Esportes, do Pedro Dornas, que sempre dá muito apoio ao meu trabalho e também ao Villa Nova. Com certeza vamos sair dessa situação!
Tem algum fato na sua memória que mais te marcou em todos esses anos de Villa?
ZÉ: Em 1997, quando fomos vice-campeão, a torcida foi sensacional, fez a maior festa na cidade, enfeitava bar, lanchonete, restaurante, isso marcou muito a minha vida com o Villa Nova.
Quem você mais admira quando se trata de Villa Nova?
ZÉ: Sem dúvidas alguma é o Jairo Gomes, e hoje também o Bruno Sarti, ele é muito trabalhador, pensa no Villa Nova 24h por dia, e muitas pessoas ainda julgam. Tem também o Rodrigo Ferreira, jornalista, trabalha de graça e vem sempre aqui apoiar o Leão do Bonfim!
E esse ano? Vamos ser campeões?
ZÉ: Com certeza vamos ser campeões esse ano, no dia 02 de outubro vamos estar festejando aqui no Castor Cifuentes.
Você foi um dos fundadores do movimento Pró-Villa, o que foi esse movimento?
ZÉ: O Pró-Villa foi um movimento que buscava engradecer o nome do Villa Nova, muitos pessoas ajudaram nessa época, Ivan Caneta, Ivan Tijolinho, Elano, uma turma boa que tinha esse sentimento, era lanchonete tudo por conta do Villa, Bar do Villa. Tudo tinha o objetivo de ajudar o Villa, bingo, receitas dos bares, nós recolhíamos esse dinheiro e bancávamos a base do Villa, ajudávamos com café da manhã, almoço, janta, era tudo. Nós praticamente bancamos as categorias de base do Leão em 1994, essa foi a época que mais subiu jogadores ao profissional. A base do Villa naquela época disputou Taça BH, tinha um timão, Milton Doidão era um dos destaques da equipe, nosso celeiro aquele ano deu muitos frutos! Então foi um movimento criado por torcedores que ajudou muito o Leão na época.
Não posso deixar de citar a Sônia que ajudou muito naquela época, ela era cozinheira, fazia todas as refeições e também ao meu amigo Dilermano, que sempre fazia tudo em pró do Villa.