sábado, novembro 23, 2024
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Crônica do Leão – Velhos Tempos

FOTO: Reprodução/Acervo do Villa

O futebol mudou bastante nos últimos tempos, principalmente no que tange a tradicional regionalidade que vai se extinguindo dos campos em todo o Brasil, com o estado de Minas Gerais puxando a fila nesse caso, já que tem em seu comando uma entidade visivelmente inoperante e muito pouco criativa para evitar tal situação, chegando no limite de sua incompetência ao não conseguir sequer realizar um torneio intermediário para seus afiliados do interior do estado, depois da inexplicável extinção da Taça Minas Gerais que fazia essa função.

Como saudosistas natos e viajando na nave das lembranças inesquecíveis, os villanovenses voltam as inigualáveis décadas de sessenta, setenta e oitenta para relembrar os embates famosos contra adversários que hoje já não existem mais, ou de alguns que ainda resistem ao tempo através das suas árduas tentativas de voltar ao cenário do futebol mineiro da atualidade, mas com poucas chances de sucesso.

Os mais antigos se lembram com saudade dos adversários da região metropolitana, caso do sete de Setembro em BH, do Esab de Contagem, do inquestionável Siderúrgica campeão mineiro de 1964, ou daquela equipe bem montada do Formiga que incomodou bastante no final dos anos sessenta, e viajando um pouco mais para o lado sul do estado tínhamos os embates contra Fabril de Lavras, Flamengo de Varginha, Atlético Tricordiano, Alfenense, Paraisense, Esportivo de Passos, Desportiva de Guaxupé e também do Yurakam de Itajubá, este ficando marcado pelo jogo aqui no alçapão do Bonfim, quando o “Apito Amigo” do querido Marcha a Ré nos salvou de um rebaixamento, levando o jogo até os cinquenta e tantos minutos do segundo tempo em uma época onde essa prática não era comum, com a proeza de ajudar o seu clube do coração. No triângulo mineiro tinha o sempre espinhoso Nacional de Uberaba, o Fluminense de Araguari, o Ituiutabana e o Araxá com aquele estádio bem conservado até hoje, ali perto tinha o Mamoré de Patos de Minas que a tempos está na degola e na tentativa de voltar à tona, e no Norte de Minas a lembrança da dupla Ateneu e Cassimiro de Abreu de Montes Claros.

No Sentido Vale do Aço as paradas duras contra o Valério em Itabira que ainda pode voltar, tinha o Usipa antecessor do Ipatinga, o Social de Coronel Fabriciano e mais recentemente o América de Teófilo Otoni. Virando para a Zona da Mata aquele jogo histórico contra o Ipiranga de Manhuaçu está marcado nas lembranças dos villanovenses, o Nacional de Muriaé que ainda sobrevive a duras penas, o Ribeiro Junqueira de Leopoldina que durou pouco tempo, e o extinto Sport de Juiz de Fora que formava o trio com Tupi e Tupinambás. Mais embaixo a dupla Olimpique e Vila do Carmo de Barbacena, e o Meridional de Lafaiete completam o grupo dos extintos.

Tempos de ouro do futebol mineiro, onde além da ascensão de Atlético e Cruzeiro na conquista de títulos nacionais e internacionais, do América de algumas temporadas, tínhamos a diversidade das equipes formadas no interior do estado que abrilhantavam o certame regional, onde o Villa Nova reinava absoluto como o maior vencedor de todos, com os melhores elencos, com a maior torcida e também com a maior paixão, sem comparação.

Saudações alvirrubras, o abraço da semana vai para o casal Jurandir e Lilia, setentões que nos brindaram com uma festa de arromba no final da semana passada, parabéns aos dois.Até a próxima se Deus quiser.

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