Crônica do Leão – Lamentos
Depois de um início de campeonato animador, com expressivas vitórias fora de casa e apresentado um futebol consistente, o Villa Nova acabou tropeçando em seus próprios vacilos. Perdendo pontos preciosos quando atuou em seus domínios, diante da sua torcida que se mostrava bastante animada pelo começo promissor da equipe do Bonfim.
Mesmo jogando bem, cometeu erros grotescos diante do Ipatinga, com desacertos entre o sistema defensivo e o setor de meia cancha, sofrendo gols inesperados que lhe custaram um empate amargo, contra uma equipe que não faz parte dos prováveis candidatos a uma vaga na fase final. E na sequência, uma apresentação desastrosa frente o time do Athletic, que terminou com uma goleada dolorosa para a torcida villanovense. Mais uma vez concluímos que jogar em casa não tem mais o mesmo efeito para o Leão, que há um bom tempo deixou de ser temido atuando no seu velho Alçapão, e a inevitável comparação com suas atuações como visitante, onde vem alcançando ótima performance nos últimos tempos.
Prova maior dessa afirmação foi o bom desempenho apresentado frente o América no Independência, onde os comandados de Vinícius Munhoz se portaram como manda a tradição alvirrubra, somando um ponto precioso diante da equipe líder e com o ataque mais positivo da competição até o momento. Restando agora os dois últimos compromissos na primeira fase, mais do que nunca precisaremos superar a deficiência de não jogar bem em Nova Lima e vencer a forte equipe do Tombense no próximo sábado, para então ir pra última rodada com maior tranquilidade para enfrentar o sempre complicado Democrata em Valadares, e fechar o ciclo com uma classificação condizente com as expectativas da torcida vermelha e branca.
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Mas outro assunto que vem sendo lamentado imensamente entre os villanovenses, foi a desistência do clube de participar da Série D do Campeonato Brasileiro, e depois de tanto esforço, inclusive na justiça desportiva para voltar a competição nacional, acabamos morrendo na praia quando tudo parecia caminhar positivamente. Mesmo entendendo as alegações da diretoria executiva sobre as dificuldades financeiras com os intermináveis bloqueios jurídicos, a opinião geral é de que faltou diálogo entre as partes, considerando diretoria, poder público e patrocinadores, já que para a disputa regional as dificuldades eram as mesmas, e tudo acabou se arranjando no final das contas.
A própria busca por um investidor para a tão decantada SAF acaba sendo agora imensamente prejudicada, pois nenhum interessado quer investir em um clube que só joga três meses no ano, enquanto outros de menor potencial e tradição vão nos superando a todo momento. Citando como exemplos mais recentes: Tombense, Atlethic, Pouso Alegre e até mesmo o novato Itabirito, que deverá ficar com a vaga que dispensamos, em uma triste e desanimadora realidade para os dedicados e apaixonados torcedores alvirrubros.
Na verdade, precisamos mudar nossa postura, temos que pensar grande e dialogar mais, é preciso ter “culhão” e mais ação pra enfrentar as dificuldades e buscar soluções práticas, pois esse marasmo em que nos encontramos é ruim pra todo mundo. Em uma cidade considerada a melhor e a mais cobiçada do Brasil, não se pode aceitar tão passivamente esse tipo de situação, simplesmente imperdoável, lamentável.