Crônica do Leão – Os Comandantes do Leão
Ao longo de sua gloriosa trajetória em seus quase 115 anos de existência, o Villa Nova teve em seu comando técnico dezenas de profissionais como é de praxe no futebol brasileiro, alguns que jamais serão lembrados por passagens nada positivas no Bonfim, mas também uma lista considerável de outros comandantes que a torcida jamais esquecerá.
Começando pelos triunfos conquistados nos quatro troféus levantados pelo quadro alvirrubro em 1932/33/34 e 35, com um personagem pouco lembrado mas que precisa ser citado e era conhecido como Zé de Deus, liderando a equipe em 33, 34 e 35, dividindo a tarefa com Gute Melo em 34, e citando também Euclides Dias que liderou o time de 32.
Na inesquecível conquista do supercampeonato mineiro em 1951 lá estava o Mestre Martin Francisco iniciando sua brilhante carreira de treinador, tendo como parceiro o ex-atleta villanovense Prão no comando daquele time vencedor. Martin Francisco saiu de Barbacena para figurar na enciclopédia do futebol mundial como o criador do sistema 4/2/4, e como um estudioso do esporte mais popular do planeta, além do Villa Nova comandou ainda várias outras equipes grandes no Brasil como Cruzeiro, Atlético, Vasco, Internacional, Corinthians, e alguns times europeus com destaque para o Atlético de Bilbao da Espanha, onde atuou por um bom tempo. Ele também foi o comandante do valioso campeonato brasileiro da segunda divisão em 1971 conquistado pelo Leão, mas na partida final contra o Remo no Independência passou mal antes do jogo começar e passou o bastão para o auxiliar Benecy Queiroz. Em sua terceira passagem por Nova Lima, comandou o time campeão da Taça Minas Gerais em 1977, e outra vez não estava no túnel na partida decisiva, sendo substituído pelo saudoso Arizona naquele dia. O Villa voltou a levantar o troféu da competição no ano de 2006 na final contra o Uberaba no Alçapão sob a batuta de Pirulito, um treinador espetacular que tem a cara do villanovense de coração. Nos importantes retornos ao grupo de elite depois das derrocadas dos rebaixamentos no campeonato mineiro, tivemos o ex-centroavante Palinha como treinador em 1995 e mais recentemente o comando eficiente de Cícero Júnior em 2021 trazendo o Villa de volta ao seu lugar de direito.
Mas além desses que citamos outros nomes são muito lembrados e aclamados pela torcida alvirrubra, como o poderoso e competente Iustrich que por aqui esteve por várias vezes e sempre com muito sucesso em suas passagens, do grande e simpático Rui Guimarães muito querido e respeitado por todos, e do pequeno mas eficiente Brandãozinho, responsável pela equipe que encantou geral na final do mineiro em 97, quando a cidade parou por um mês inteiro para aclamar o Leão do Bonfim. Nossa reverência a esses comandantes de boas lembranças.
Saudações alvirrubras, o abraço da semana vai para o poeta Zé leite, um grande villanovense dentro e fora de campo. Até a próxima se Deus quiser.
