domingo, maio 12, 2024
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Crônica do Leão – Leão Desfigurado

Crônica do Leão- Villa Nova Campeonato Mineiro 2024
Foto: Rafael Leandro/Villa Nova

Obs: Crônica realizada e enviada antes da realização do jogo na Copa do Brasil 2024 entre Villa Nova 1×0 Aparecidense

Outra vez o Leão foi uma presa fácil dentro do seu próprio território, situação que se tornou corriqueira nos últimos tempos, e aquele temido Alçapão de antes agora já não existe mais, passando a ser um campo neutro para qualquer adversário, e deixando o torcedor alvirrubro completamente desfigurado, após mais uma sequência negativa do time que ele tanto ama.

Foi a terceira derrota do Villa no Castor Cifuentes em pouco mais de um mês após a estreia na competição estadual, completada com um empate magro para fechar seus jogos como mandante, e se não fossem os pontos conquistados quando atuou como visitante, jogaríamos a última rodada com o coração na mão temendo mais um rebaixamento, antes de uma paralisação inesperada com a infeliz desistência de participação no torneio nacional do Campeonato Brasileiro da série’-D, quando de novo veremos o time ter um longo período de férias até janeiro do ano que vem.

Debaixo de muita água, a torcida villanovense acompanhou estática a apatia do time em campo, tomando um verdadeiro chocolate da equipe da Tombense, nosso carrasco mor dos últimos tempos, que na verdade deixou barato o placar de 3×0, diante de um grupo de atletas sem nenhuma identificação com as tradições do clube do Bonfim, uma equipe que treina em outro local e que só chega a Nova Lima na hora do jogo, demonstrando enorme despreocupação com o resultado final, conscientes de que após o término da partida retornam para a base em Contagem sem precisar dar satisfação alguma aos nossos torcedores.

O pior de tudo é que nessa hora não aparece ninguém do clube parceiro pra dar explicações, diferentemente do que acontece quando o time ganha, e já que são eles os “Donos da Bola” e automaticamente os responsáveis por tudo inclusive sendo pagos pra isso, entendemos que estamos diante de uma “Parceria Caracu”, onde eles entram com a cara, deixando a outra parte para o Villa…

Esse formato de parceria em que a diretora executiva não tem poder de decisão alguma sobre o time mas é obrigada a bancar os custos não funciona mais, e está na hora de voltarmos a ser protagonistas como sempre fomos, encarar os problemas de frente e buscar soluções de sobrevivência, deixar de lado as lamentações e ter mais ações agindo com rigor e inteligência, pois estamos falando do mais tradicional e vencedor clube de futebol do Interior de Minas Gerais, e portanto, chega dessa lenga-lenga que não vai nos levar a lugar algum. “Quem não tem cão caça com gato”, e sendo assim, é preciso “calçar as Sandálias da Humanidade” e pedir socorro a quem tem poder de ajudar, o que não seria demérito algum, principalmente estando na cidade mais rica do país, como é taxada na atualidade.

Nem mesmo uma vitória diante da Aparecidense e a possível classificação para a segunda fase da Copa do Brasil resolverá o problema, porquê ele é bem maior que isso, por ele ser muito pior quando fica fora do calendário pelo resto do ano depois de tanto esforço pra chegar lá, e se o parceiro Caracu não queria ou não teve interesse no torneio nacional, deveríamos agir sem ele através de um planejamento para toda a temporada, incluindo a Série D do Brasileiro junto aos patrocinadores, com ajuda do poder público que também teria interesse em promover a cidade, sobretudo em ano de eleição municipal, pois é assim que funciona, e como diz o ditado: “Quem não se comunica, se trumbica”.

E para os nossos fiéis leitores da CRÔNICA do Leão, nessa semana estamos completando vinte anos de parceria aqui no Cultura e Comércio, com um texto alusivo a data em nossa Outra coluna semanal no “Acredite se quiser”, vale a pena conferir.

Saudações alvirrubras e até a próxima se Deus quiser.

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