Crônica do Leão – Prorrogação

A decisão sobre as concessões de espaço ao Villa Nova foi prorrogada e deverá acontecer na próxima semana, depois do pedido de vistas do projeto ter sido solicitado por um dos componentes da bancada da casa legislativa. Esse é um procedimento normal quando o assunto em pauta requer um melhor conhecimento e entendimento de todos os vereadores, que são responsáveis por definir pela aprovação ou negação do mesmo.

Para reforçar o entendimento daqueles que ainda não estão completamente inteirados sobre o assunto, a tratativa busca uma forma legal de conceder espaços públicos ao Villa Nova Atlético Clube, no caso, o estádio Castor Cifuentes e o Centro de Treinamentos Anísio Clemente, situados em Honório Bicalho. Essa ação tem a intenção de facilitar o processo de transformação da entidade esportiva em uma SAF (Sociedade Anônima de Futebol), um caminho natural e exclusivo para concretizar de vez a existência do clube do Bonfim e garantir a preservação de um dos maiores patrimônios da cidade de Nova Lima.

O processo vem seguindo todos os trâmites necessários, com a solicitação partindo do poder executivo para a devida aprovação da câmara legislativa do município e, com toda certeza, visa encontrar um caminho definitivo para a sobrevivência do Villa Nova, o que, por essa razão, tem o peso favorável da opinião popular.

No entanto, mesmo assim, surgem muitos questionamentos por parte de boa parte dos nova-limenses. Eles entendem que não se deve conceder poderes totais sobre os espaços em questão a um desconhecido. Considerando que, após a transformação em SAF, o Villa Nova passará a ter um dono exclusivo, deixando de ser um patrimônio de todos e passando a ser gerido por um investidor. Isso poderá permitir que o investidor negue o uso dos espaços da forma que desejar, sem interferência alguma do poder do município. Isso gera descontentamento e o sentimento de perda na população, além do desconforto geral de ter que aceitar a situação de ver o que lhes pertence ser entregue gratuitamente, sem nenhuma contrapartida aos interesses de todos os habitantes da cidade.

Essa talvez seja a grande falha da solicitação enviada à câmara, que necessita de maior transparência e revisão na questão. Deveria esclarecer melhor o uso dos espaços, sem dar autonomia total ao futuro investidor, mas ainda assim facilitar e garantir a prerrogativa de concessão dos mesmos. Isso deve ser feito de forma clara, para que o investidor não venha a se tornar o dono exclusivo daquilo que, na verdade, pertence ao poder público e, automaticamente, a toda a população da cidade.

Saudações alvirrubras, o abraço da semana vai para a dupla Mateus e Gabriel da Drive Ducha, os meninos que deixam seu carro nota 10 depois da limpeza. Ate a próxima se Deus quiser.

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